Oficina de Graffiti no CETI Mundim Ferraz

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Oficina de Graffiti no CETI Mundim Ferraz, no Santa Maria da Codipi, integra o Projeto Grafi-The

No dia 13 de setembro, o CETI Mundim Ferraz recebeu a primeira oficina de graffiti do Projeto Grafi-The, iniciativa cultural da Editora Lestu, aprovada pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB 2024). A atividade marcou o início de um ciclo de cinco oficinas gratuitas em escolas públicas estaduais de Teresina, abrindo espaço para que estudantes pudessem mergulhar na prática e no debate crítico em torno da arte urbana. Sob a orientação de Eduardo Alemão, artista e coordenador do coletivo VDC (Vai Dar Certo), o encontro combinou momentos de formação teórica e aplicação prática. A proposta foi apresentar o graffiti não apenas como técnica, mas como linguagem social, histórica e política, capaz de ressignificar os espaços e ampliar o horizonte cultural da juventude.

Aprendizado entre técnicas e reflexões

Ao longo do dia, os participantes percorreram uma programação estruturada em etapas. O percurso formativo iniciou-se com uma apresentação histórica e cultural do graffiti, seguida por reflexões sobre estilos, ferramentas e suas transformações no tempo. A oficina também abriu espaço para discutir os limites entre arte e intervenção urbana, a legislação vigente e as implicações sociais da prática. Cada estudante foi convidado a desenvolver conceitos próprios, inspirados na identidade e na cultura local, exercitando o desenho em papel antes de partir para o suporte definitivo. As técnicas de cor, luz, sombra e composição foram exploradas como meios de fortalecer a expressividade. Mais do que aprender a manejar sprays e rolos de tinta, os jovens puderam compreender o graffiti como experiência de criação coletiva, diálogo com o território e afirmação de subjetividades.

Uma obra coletiva para a cidade

O encerramento da oficina foi marcado pela produção de uma obra coletiva, resultado da experimentação e da partilha entre os estudantes. O painel de graffiti foi concebido e executado a partir da colaboração entre os participantes, e será exibido em mostras itinerantes do Projeto Grafi-The ainda este ano. Essa estratégia irá ampliar os efeitos da oficina, permitindo que a criação realizada no espaço escolar circule em outros contextos, reafirmando o potencial do graffiti como arte pública. O impacto esperado vai além do resultado estético: trata-se de incentivar o protagonismo juvenil, fortalecer vínculos comunitários e dar visibilidade a narrativas periféricas que raramente ocupam o centro do debate cultural. Ao inserir o graffiti no ambiente escolar, o Grafi-The reafirma a arte urbana como ferramenta de cidadania, educação e memória, integrando a dimensão crítica e formativa que norteia todas as suas ações.